Foi só uma brincadeira
Todos os sentimentos são bons, mesmo que os comportamentos não sejam.
Em Correnteza (Domingos)
.As virtudes do silêncio. O silêncio nos (re)conecta aos nossos sentimentos, e tem muito conteúdo dentro de nós, tem coisas no cheiro, no tato, na troca de olhar, no paladar que geram conhecimentos.
.A pequena sereia... É preciso colocar o diferente dentro da sala, é preciso passar a frequentar, usufruir, dialogar com pessoas, lugares e coisas que não estão dentro do seu círculo de conforto.
tempo de leitura: 6 minutos
É muito perigoso encarar os limites apenas como algo individual. O limite não é algo aleatório. Na maternidade, estabelecer o limite deve ser norteado pela ideia de qual cidadão que você quer construir para o futuro, saindo do individual e olhando para o coletivo, exercendo de verdade o pacto social.
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Em minha última coluna na Vida Simples, eu contei a seguinte história:
Eu vejo nesse cenário, dentre algumas possibilidades, as seguintes principais reações de muitas mães:
(1) essa mãe estava certa, as crianças precisam aprender a superar as adversidades;
(2) a mãe deveria repreender o filho, segurando na mão, dizendo que não pode e repetindo o quanto foi feio destruir a brincadeira das crianças; ou
(3) a mãe poderia acolher o sentimento das crianças que tiveram a sua construção destruída, poderia até se oferecer a ajudar a montar novamente ou ao menos apoiar a reconstrução – sem repreender o seu filho e sem diminuir a dor das outras crianças.
Na busca em criar filhos “perfeitos“ e emocionalmente fortes, não percebemos que o chamado da maternidade é nos tornar um modelo de como viver a vida, e não sobre encontrar ferramentas e maneiras adequadas para corrigir o comportamento da criança.
Em vez de rejeitar ou minimizar o sentimento da criança, e não importa a idade, aceite e reconheça seus sentimentos. Todos os sentimentos são bons, mesmo que todos os comportamentos não sejam.
Você pode dizer: “Posso ver que você está chateado porque sua irmã quebrou um giz de cera”, “Você está bravo com seu irmão”, “sua amiga te deu um bolo hoje” ou “esse menino não te liga, tudo bem, deixa ele de lado”.
Primeira regra máxima de qualquer relacionamento: Faça eco aos sentimentos do outro. Por exemplo, se seu filho está desapontado, expresse desapontamento com sua própria voz. A sua empatia pode acalmar sua criança, você dará mais abertura para a criança falar e dará mais confiança para começar a resolver o problema.
Não entre no caminho perigoso da positividade tóxica dizendo coisas como “a vida não é justa” ou “a vida é assim mesmo”, e muito menos comece a dar conselhos ou a fazer perguntas acusatórias...
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