Quem você é como mãe, pai ou cuidador?

Enxergar o efeito de um comportamento SEU no seu filho e filha é muito difícil de se alcançar, porque pode ser muito difícil para você assumir uma responsabilidade.

Em Correnteza (Domingos)

.Quem nunca reclama que atire a primeira pedra! Ter amor-próprio é acreditar que você é boa o suficiente para ser amada exatamente como você é

.O que você quer do seu futuro? É sobre alinhar seus pensamentos, palavras e ações ao que realmente importa

tempo de leitura: 8 minutos

Toda vez que duvidarmos das emoções da criança, ela aprende a reprimir a sua essência e passa a questionar o que sente ou até mesmo perguntar a si mesma se ela é amada. Além disso, replica o mesmo comportamento repressor ou abusivo nas crianças a sua volta.

.Mariana Wechsler

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Quem você é como mãe, pai ou cuidador?

O que você realmente acredita como deve ser a sua parentalidade?

Você acredita que a punição, o cantinho do pensamento, as ameaças são formas positivas de educar as crianças?

Ajude-me respondendo a pergunta abaixo:

A maioria dos pais quer que seus filhos sejam felizes, independentes, confiantes e criativos. Mas, no curto prazo, esse objetivo fica ofuscado em razão dos traumas, stress e ignorância, e muitos mudam o foco para se a criança está ou não sendo “boa”.

Esse conceito de comportamento “bom” e “mau” e o sistema de recompensas e punições que existe em nossa sociedade, envolvem pais e filhos tão profundamente que pode ser difícil ver alternativas ao modelo.

Esse modelo de recompensas e punições faz as crianças sentirem que o amor, a aprovação e a afeição de seus pais dependem de seu bom comportamento.

E isso, inclusive, tem uma justificativa histórica ao ponto de até hoje crianças de 10 anos poderem ser punidas criminalmente em muitos Países (Rede International de Direito das Crianças - CRIN). Como podemos ainda acreditar que uma criança de 10 anos pode ser uma criminosa e não uma vítima….?

Vejam a gravura abaixo e leiam com atenção o texto da propaganda que estampava muros de Paris há poucos anos atrás:

Fig. 29 no livro Vigiar e Punir de Michel Foulcault

Em Vigiar e Punir, Michel Foulcault descreve como o modelo penal “evoluiu” no tempo, mas no fundo, demonstra como o modelo permaneceu nos mesmos equívocos de perseguir e aplicar punições a infratores no lugar de entender as causas e tratar os problemas sociais de forma diferente.