Qual o melhor presente que uma mãe pode se dar?

A vida não será sempre leve e equilibrada principalmente quando se é mãe.

Em Correnteza (Domingos)

.Quem você é como mãe, pai ou cuidador? Enxergar o efeito de um comportamento SEU no seu filho e filha é muito difícil de se alcançar, porque pode ser muito difícil para você assumir uma responsabilidade.

.Quem nunca reclama que atire a primeira pedra! Ter amor-próprio é acreditar que você é boa o suficiente para ser amada exatamente como você é

tempo de leitura: 8 minutos

As pessoas ainda esperam que a mãe seja a resolvedora de tudo da criança e da família. Ela é a que faz, é a que dá conta e é vista como a grande e única responsável pela criança, uma heroína e até bola de cristal!

.Mariana Wechsler

(para conversar comigo no meu PodCast e ainda ajudar centenas de pessoas clique aqui para entrar em contato)

A importância da saúde mental na relação entre mães e filhos

Qual o melhor presente que uma mãe pode se dar?

O primeiro, eu acredito que seja assumir que é humana. É uma matemática simples, não teremos tempo para fazer tudo e da forma como idealizamos. Essa mãe ideal, perfeita que sempre consegue e entrega, ela não existe. 

Quando buscamos por essa idealização, a gente deixa de se olhar e, então, a gente se desconecta de nós mesmas e da criança.

Existe uma pressão social de fazer filhos felizes, e nessa busca esquecemos do que nos preenche. A régua da felicidade dos filhos é uma armadilha muito fácil de se cair, o que nos anula pelo outro e que nos tira algo vital que é a percepção sobre a nossa força.

A vida não será sempre leve e equilibrada principalmente quando se é mãe.

As crianças não estarão sempre tranquilas. Nem sempre teremos orgulho da nossa conta bancária e nem sempre será possível resolver os conflitos com base do diálogo e sem aconteça o choro.

A maternidade não pode nos definir e nos fechar num pequeno círculo de prazeres, nós somos mais, somos muitas e cada uma diferente da outra. Não é possível se cobrar mais do que você tem para dar. 

A maternidade nos apresenta um leque de possibilidades o de amar e também de sentir raiva, de acertar e falhar, de presença e de falta, possibilidade de estar mas também de outras pessoas estarem, de querer e não querer e de existir além dessa identidade tão forte que é ser mãe.

O interessante é que ao mesmo tempo que somos enaltecidas pela sociedade por dar continuidade a espécie e formar cidadãos para o futuro, essa mesma sociedade é responsável por nos isolar. No fundo, é essa positividade tóxica que precisa acabar.

As pessoas ainda esperam que a mãe seja a resolvedora de tudo da criança e da família, a mãe é a que faz, é a que dá conta e é vista como a grande e única responsável pela criança, uma heroína e até bola de cristal!