O tal do tempo
O segredo da relação parental não está no que os pais fazem, mas sim, em o que os pais são
Em Correnteza (últimas sextas)
Você sabe quando deve encorajar a criança a encarar seus medos e quando simplesmente deve acolhê-los? Perceba o que o momento está pedindo
.Quem você está excluindo? o que me cerca é a Verdade? Aquilo que eu “acredito” e imponho aos meus filhos é realmente a Verdade?
tempo de leitura 5 min.
Você pode ir para a melhor ilha paradisíaca do mundo, se você teve uma experiência negativa, essa ilha será a pior ilha para você. E você não odeia porque é ruim, você odeia porque alguma coisa, alguma memória em você deixou uma cicatriz tão forte que pra você estar lá é ruim.
E a gente repete isso com todas as coisas, com momentos, cheiros, pessoas, significados.
Até o momento que a gente ressignifica nossas cicatrizes.
.Mariana Wechsler
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Lutamos para viver de acordo com nossa imagem de como devemos criar nossos filhos e como eles devem agir, mas quando os resultados que desejamos não são alcançados, imploramos, bajulamos, subornamos, recompensamos ou punimos.
Na maioria das vezes, somos capazes de perceber quando somos desrespeitosas, quando ultrapassamos os limites, os nossos e o da criança, e agimos friamente diante do comportamento desafiador da criança, sem perceber que é exatamente nesse momento que a criança ou o adolescente mais precisa sentir o nosso amor incondicional.
Não importa o quão bem intencionadas, habilidosas ou compassivas possamos ser. As crianças não nos concedem automaticamente a “autoridade” de criá-las apenas porque somos seus pais, ou apenas porque as amamos ou sabemos o que é bom para elas, ou porque temos o melhor interesse no coração.
Para que uma criança esteja aberta a ser cuidada por um adulto, ela deve estar ativamente ligada a esse adulto, desejando contato e proximidade com ele. No início da vida esse movimento acontece de forma natural, o bebê se agarra no principal cuidador, necessita e solicita todo o tipo de cuidado e carinho, o apego seguro. Mas, com o passar dos anos e principalmente com a chegada da adolescência, a relação cultivada por todos esses anos iniciais vem à tona.
O segredo da relação parental não está no que os pais fazem, mas sim em o que os pais são para os filhos. A relação de apego da criança com o adulto precisa durar pelo menos tanto quanto a criança/adolescente precisa ser criada. E é exatamente isso que está se tornando mais difícil no mundo de hoje.
Olhando para as gerações anteriores, nós pais não mudamos. Continuamos os mesmos humanos com falhas e acertos, não nos tornamos menos competentes ou menos dedicados. A natureza fundamental das crianças também não mudou. O que mudou foi a cultura em que estamos criando nossos filhos.
O que nós pais precisamos entender é que comportamentos desafiadores não são, na verdade, problemas comportamentais, mas um problema de relacionamento e de maturidade.
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