Quem você está excluindo?
o que me cerca é a Verdade? Aquilo que eu “acredito” e imponho aos meus filhos é realmente a Verdade?
Em Correnteza (últimas sextas)
.Quem é você aqui e depois daqui? o sentir muda, transforma-se e passa, como a alegria e a tristeza, como o dia e a noite, como o Inverno e a Primavera.
.Que dor e vazio é esse que você está sentindo? Os desafios da vida são como um convite para nos aprofundarmos nos pensamentos mais intensos sobre a nossa realidade e sobre a realidade das coisas.
tempo de leitura 11 min.
“Sentir é viver e observar que nada é fixo, nem mesmo o que sentimos, tudo é transitório.”
.Mariana Wechsler
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Quem você está excluindo? Nas nossas falas, pensamentos e ações, quem acabamos excluindo?
Essa semana estava ouvindo o podcast Mamilos, da Cris Bartis e Ju Wallauer, sobre Por que a mulheres falam? tendo como objeto da conversa o filme Entre Mulheres, dirigido pela Sarah Polley.
Filme de Sarah Polley é inspirado em caso real de mulheres de comunidade religiosa tradicional e isolada que eram repetidamente estupradas; (…)
Como aceitar que em pleno século XXI, em comunidade menonita, isolada e fortemente religiosa, mulheres convivam com longo histórico de violência sexual: durante o sono, foram repetidamente dopadas e estupradas. Pela frente, apenas uma opção: perdoar, única certeza de ascender ao Reino dos Céus. (…)
É surpreendente como coletivo com baixo ou nenhum grau de instrução consiga debater com tanta clareza social, filosófica e religiosa a vida passada, presente e futura. O título original do livro e filme (“Women talking”) avisa: “Mulheres falando”, e a diretora segue ao pé da letra a missão, em filme coral de forte raiz teatral. Sim, as mulheres falam, e é compreensível que, tão traumatizadas, tendam a se repetir além da conta.
Eu ainda não assisti ao filme e pretendo assistir hoje tomando um bom vinho. Mas, ouvir aos comentários e reflexões da Cris Bartis e Ju Wallauer fez-me lembrar da história que dividi com os assinantes que contribuem com meu trabalho em Flor no Deserto.
A história da Waris Dirie é mais um exemplo de como uma cultura pode acabar criando uma realidade que, na verdade, não existe. Aos 13 anos, seu pai a vendeu a um comerciante para se casar com ela. Ela fugiu na noite do casamento, atravessou o deserto do Saara a pé e se refugiou na Espanha.
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