O que você faz com o que você sabe?

Somos as artérias de ensinamentos valiosos, receitas deliciosas, mas também de preconceitos, medos e ansiedades.

Em Correnteza (Domingos)

Até onde o (falta de) humor pode te levar? Entender o humor é uma habilidade que seus filhos podem carregar pela vida toda e que podem ajudá-los a lidar e ressignificar suas próprias dificuldades na vida adulta.

Quando os conflitos são a rotina... Acolher é sempre a melhor escolha independentemente do momento ou da idade.

tempo de leitura: 8 minutos

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Nessa última sexta, contei que estava começando a assistir ao filme Entre Mulheres, dirigido pela Sarah Polley, indicado no podcast Mamilos, que não perco um episódio (Quem você está excluindo?).

Como toda mãe, assisti o filme em dois dias! Uma parte na sexta e outra ontem. E posso dizer que além de muito reflexivo, o enredo é super bem conduzido num cenário restrito à poucos lugares.

O filme vai ao encontro de tudo que falamos na última sexta: nossa sociedade é como o Show de Truman; que existem verdades que doem como a que chegou para Waris Dirie; há “verdades” que geram impactos geracionais como alguns fatos históricos que moldaram religiões em regiões isoladas do mundo (Carguismo ou Philipismo); assim como ideias surreais que são apoiadas como uma versão da verdade como o Pastafarianismo[1].

Na sexta não comentei sobre o Pastafarianismo ou Igreja do Monstro do Esparguete Voador, mas vale o exemplo ainda. Pastafarianismo é uma religião de protesto criada por Bobby Handerson em 2005, no Kansas e com ampla adesão na Califórnia.

Tudo começou com uma carta aberta feita pelo Bobby e enviada ao conselho de educação do Kansas (Open Letter To Kansas School Board). Bobby disse nela que acreditava em um Criador sobrenatural chamado Monstro do Espaguete Voador (Flying Spaghetti Monster), formado por espaguete e almôndegas, e pede que o Pastafarianismo seja igualmente ensinado nas aulas de ciências correlatas. O protesto ganhou coro e na Califórnia e em outros Estados é oficialmente tratado como uma instituição religiosa.

Mas, o que eu quero dizer com isso tudo? O que isso tem a ver com uma parentalidade consciente?

A mãe, o pai e os cuidadores mais próximos são as pessoas de maior influência num novo ser humano. Somos as artérias de ensinamentos valiosos, receitas deliciosas, mas também de preconceitos, medos e ansiedades.