Carta aberta para uma Mãe que quer ser perfeita
A realidade é uma verdade que construímos com nossos medos e crenças.
Em Correnteza (últimas sextas)
.Esse tal de educar é muito difícil! - Cada vez mais a infância é invadida por excessos e cobranças que a impedem de viver o bem mais precioso - o presente
.Como ficar tranquila e segura com minhas escolhas? - O que nós fazemos hoje ecoa para todas as gerações seguintes.
tempo de leitura 5 min.
A destinatária dessa carta existe em muitos lares, as palavras aqui são tão verdadeiras quanto muitas realidades.
A realidade é uma verdade que construímos com nossos medos e crenças.
Respire, sinta, emocione-se. Libere o que quiser liberar.
.Mariana Wechsler.
* Domingo eu vou comentar e trazer muitas coisas sobre o assunto escrito aqui. Não perca. *
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Oi Mãe,
Faz tempo que rascunho essa carta. Foram tantos rabiscos até chegar nesse momento. Parei de contar quantas vezes pensei em te falar essas palavras, em abrir o que penso e sinto para dividir as dores que me fizeram ficar calada até aqui.
O silêncio me guiou para caminhos difíceis.
Posso ter ido bem na escola, mas não sou feliz com as escolhas que fiz. Quantos namorados tive por esse caminho que de alguma forma me abusaram psicologicamente. Quantos outros bons parceiros deixei escapar por não saber me relacionar. Permiti-me cair nessas armadilhas que minhas cicatrizes armaram para mim.
Posso ver agora que, o que atraiu esses relacionamentos amorosos e de alguma forma vazios foram as semelhanças em nossas infâncias. Desde os primeiros encontros eles pareciam pessoas familiares para mim. Como se eu encontrasse um porto seguro, aquele lugar que nós sabemos o limite do que fazer e não fazer.
Como se eu participasse de um jogo, cujo manual eu já conhecia as regras.
Porém, também acabei percebendo com o tempo outra coisa. Em ambas famílias, os dois pais viviam entre os gritos e a indiferenças. Irmãos descontando angústias um no outro. Uma criança quieta e solitária, intimidada e conformada com as críticas, punições físicas severas e o ombro frio negligente de quem um dia deu o peito e o tempo para o outro viver. Um pai coadjuvante numa história que deveria ser de dois protagonistas.
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