Receba seus Leões com reverência!
Descobrir quem você realmente é, é cavar as entranhas de sua memória. É desconstruir sentimentos, muros que escondem seu verdadeiro EU.
Em 2009, estava no Rio de Janeiro visitando uns jovens para dialogarmos sobre a vida. A reunião aconteceu numa Comunidade em um dos inúmeros morros da cidade.
Havia uma vista linda, mas a realidade não era tão bonita assim. E mesmo numa localidade aparentemente hostil e conturbada, encontrei tantos valores humanos que não consigo descrever em poucas palavras.
Foi incrível a sensação de estar lá vivenciando aquela realidade transformadora. Pois, apesar de ver um caos ou um descaso da sociedade com aquela Comunidade, havia ali muita harmonia entre os moradores. E em especial, aqueles jovens mostravam a vontade de ser uma melhor pessoa e ser um veículo de transformação social daquela localidade.
Durante essa jornada de aprendizado, tive inúmeras oportunidades de conhecer pessoas de todo o Brasil, e claro incluindo as crianças. Viajei para muitas cidades, conheci e dialoguei com centenas de pessoas.
Quanto mais pessoas conhecia e quanto mais de suas histórias eu ouvia, mais era possível perceber algumas coisas em comum. Todos sofrem e muitas vezes pelo mesmo motivo, ricos e pobres, analfabetos e qualificados. E ao mesmo tempo, todos possuem naturalmente o Poder e a condição de transformar a sua própria vida e a vida de seu ambiente.
Quando percebemos que somos o ambiente que criamos, a vida dá a volta e começa de novo. Somos criados aprendendo que somos influenciados pelo ambiente, na adolescência buscamos tribos para nos identificar. E por vezes alguns adultos permanecem ali, estacionados naquela realidade. Reféns de seus próprios sentimentos.
O sofrimento por vezes se parece com um vício. Você não quer, mas faz; não te faz bem, mas continua fazendo. Você grita com seu filho, mas não gosta; Você ofende e reprime uma criança, mas não acredita em violência. Só há uma maneira de romper com o vício, é parar imediatamente com ele e dividir seus sentimentos com outras pessoas.
Descobrir quem você realmente é, é cavar as entranhas de sua memória. É desconstruir sentimentos, muros que escondem seu verdadeiro EU.
Nos próximos dias, eu quero te apresentar ao livro da Lau Patrón, 71 Leões - Uma História sobre Maternidade, Dor e Renascimento.
Este livro é um diário intenso e sincero dos setenta e um dias que Lau morou no hospital, muitos ao lado de seu filho em coma em um box de UTI, esperando a vida ou a morte. Um relato comovente e poderoso onde Lau nos dá uma dimensão real das pessoas, das emoções fluidas, da não existência de heróis.
Do amor, como fonte de escolhas. Do olhar para a dor, sem medo, e com alguma ternura. De não matar leões por dia e, sim, recebê-los com reverência. Um por dia, um a mais na matilha. Para avançar. Para ir avante.
É com ele que vamos juntas cavar essas entranhas para desconstruir sentimentos e derrubarmos muros que estão escondendo o seu EU.
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