Papo Oxitocinas | Mulheres que Inspiram
Participei do Mulheres que Inspiram com a Natalia Mondelli sobre Maternidade sem Culpa.
Como vemos o Mundo determina nossa realidade
Muitos aspectos que envolvem a forma que vivemos e que conduzimos nossa vida está em nosso olhar, no enxergar as coisas de uma maneira menos dura.
Quando uma pessoa é alegre, geralmente é porque ela consegue olhar para o mundo com as lentes da graça. Duas pessoas diferentes podem olhar para uma mesma situação e ter conclusões diferentes, enquanto uma pode enxergar de maneira extremamente pesada, a outra a enxerga graça e leveza.
Acredito que todas nós gostaríamos que fosse possível deixar como herança para nossos filhos as lentes da leveza, para que a cada desafio ou dificuldade que encontrassem, soubessem que apesar de ser permitido sofrer, sentir tristeza.
É possível olhar para esses obstáculos de modo diferente. Se pudéssemos deixar uma coisa não material de herança, seriam essas lentes, que nos ajudam a encarar a vida.
Nós sabemos que a vida é difícil, mas é possível treinar a capacidade, a habilidade de ver as coisas por outro ângulo.
Liberando Ocitocia
Ontem, tive um papo muito legal com a @natmondelli do @grupomulheresdobrasilsuica e @oxitocinas_ch sobre os desafios de morar fora do Brasil e sobre a maternidade.
Quem não assistiu ainda, segue o link.
Eu aceito (?)
A sabedoria da vida está em compreender que em muitos momentos é preciso agir.
Mas existem outros em que precisamos aceitar. Aceitar, por exemplo, que há coisas que ficaram no passado e não temos como mudar, ou aceitar que estamos atravessando uma fase, que vai passar.
Quando não aceitamos, podemos causar sofrimento a nós mesmas, tentando mudar algo que não pode ser mudado. A sabedoria está em saber quando é hora de agir ou quando é hora de aceitar.
Os processos de mudança não são rápidos nem fáceis. Passamos anos agindo de uma determinada maneira e pensamos que basta um curso, ou um livro, para que a mudança ocorra.
E quando a mudança não acontece imediatamente após esse curso ou livro, a gente se sente frustradas, passamos a inventar desculpas para nós mesmas, pensando que existe algum defeito conosco. Não existe imediatismo quando falamos de mudança.
O Hábito
Não podemos ignorar, também, a fisiologia do hábito. Um hábito consolidado tem um caminho neural formado, que é o que nos faz agir de maneira “automática”.
Se levarmos em conta que agimos de certos modos durante todo o nosso período de maternidade ou até mesmo uma vida toda (sejam dois, quatro, dez anos), é irreal pensar que de um dia para o outro, conseguiremos mudar hábitos.
Você pode lidar acreditando que tem um defeito, martirizando-se, pensando que aquela mudança não funciona para você e para a sua família. Ou você pode ter um plano — escrito, inclusive — sobre o que fazer quando a situação sair do controle.
Eu sugiro o caminho do meio:
nem achar que nunca vai dar certo e desistir, nem achar que é preciso recomeçar a cada deslize, sem pensar no que poderia ser diferente.
O caminho do meio é aceitar que o deslize aconteceu e ter um plano para o que fazer após o erro. Para traçar esse plano, é necessário refletir sobre o quê poderia ter sido feito de diferente para que o erro não acontecesse.
É importante ter em mente que, mesmo quando os deslizes, flutuações e equívocos acontecem durante o processo de mudança, isso não quer dizer que você voltou à estaca zero.