O que acontece dentro quando a gente se desafia por fora
Um passo fora da rotina pode abrir espaços dentro da gente que estavam adormecidos. Neste texto, compartilho uma corrida inesperada e tudo o que ela me fez lembrar sobre escuta, coragem e reinvenção.
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**foto da capa deste artigo: arquivo pessoal
A gente aprende a andar porque tentamos, caímos, choramos e tentamos de novo. E ninguém jamais vira para um bebê tropeçando e diz: “melhor desistir, engatinhar é mais seguro”. A gente torce, incentiva, comemora cada passo. Mas, conforme crescemos, as quedas emocionais começam a ser tratadas de outra forma. A gente para de ouvir “tenta de novo, você consegue”, e começa a ouvir “isso não é nada, supera”.
Correr sempre foi o meu jeito de pensar em movimento. Não é esporte, é rito. É oração com o corpo. Sou dessas que corre na rua, com frio, com neve, com vento… porque só assim minha mente organiza o mundo.
Já gravei áudios correndo, cheia de ideias, com a respiração ofegante e os pensamentos em disparada.
Chegar na Suíça foi me reorganizar inteira. Na ausência de muitos vínculos, a corrida virou companhia. Amparo. Território meu.
Mas um tempo atrás, me fiz uma pergunta nova:
Será que é só correndo (ou meditando) que eu acesso esse lugar de clareza? E se eu tentasse outros caminhos, será que encontraria o mesmo silêncio dentro de mim?
Fiz o teste.
Comecei a pedalar. A treinar. A cozinhar com mais presença. E percebi que a criatividade não mora na técnica, mas na escuta. O corpo inteiro pode virar portal, se a gente estiver disposta a abrir.
E então veio o último fim de semana. Sem treino recente, me inscrevi numa prova de tiro curto. Não sabia o que esperar, só fui. Imaginei correr ao lado de mulheres da minha faixa etária. Mas só havia uma além de mim nos 40. As outras? Nascidas depois de 2009.
Pensei em recuar. Mas fiquei.
Corri.
Foi rápido.
E foi delicioso.
Não pelo podium. Mas porque ali, no meio da novidade e do improviso, eu me lembrei de mim.
Desafiar o corpo foi um gesto íntimo de liberdade. Um lembrete de que viver é mais do que repetir o que já sei fazer.
É me colocar diante do novo só pra ver o que pulsa.
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A seguir:
um pequeno desafio pode reabrir portais internos
sair da zona de conforto, sem plateia ou plano
reconectar com a vida
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